por Gisèle Miranda
Eu tenho cada vez menos tempo, embora tenha cada vez mais coisas para dizer. E o que eu tenho para dizer é, mais e mais, algo que se move para a frente , junto ao movimento de meu pensar.
Eu sou como um rio que continua a correr…
Pablo PICASSO (Málaga, 1881- Mougins, 1973)
ANTONIO PETICOV nasceu em Assis (SP/ Brasil), em 1946. Filho de imigrante búlgaro que chegou no Brasil na década de 1920, pressionado pela guerra dos Balcãs e da Primeira Guerra Mundial. Por outro lado, absorvido por uma das etapas imigratórias pós escravidão do Brasil, sob pesadas condições e adversidades.
Autodidata, Peticov traçou uma formação artística alicerçada de boas leituras em contrapartida a construção crítica a educação Batista do pilar teológico paterno.
Desde os doze anos idade, Peticov vem exercendo sua inesgotável fonte criativa, e hoje, aos 71 anos extasia a todos com a consolidação de sua obra na História da Arte. Além de exercer diariamente a dimensão da memória em proporcionalidade a imaginação.
A notoriedade plástica construída está aliada a vanguarda tropicalista dos anos de 1960; com interferências do Surrealismo, Pop Art e experimentalismos musicais e processos psicodélicos – de Hendrix a Mutantes, o que fatalmente o levou a prisões e, por sobrevivência, exilou-se na Inglaterra, Itália e Estados Unidos.
Entre o final da década de 1980 e início de 1990, quando retornou ao Brasil, esteve ligado a projetos ambientais e diversos outros trabalhos, entre os quais, o resgate do Modernismo Brasileiro e sua vertente antropofágica, em parte revertido para o acervo artístico do metrô de São Paulo.
Antonio Peticov tornou-se o mestre das cores, o alquimista da virtualidade aberta, o representante da escada cósmica, o Dédalo labiríntico, o maestro de partituras da fauna e da flora Brasileira. O artista do diálogo com o tempo e releituras de grandes mestres como Rembrandt, Velazquez, Constable, Millet, Picasso, Magritte, entre outros.
Peticov é o porta voz do pincel, o corpóreo de Fibonacci. A máquina ambulante da ciência ao empírico em comunhão. O pote de riquezas do arco íris é a materialização da obra desse múltiplo, inquietante e fascinante artista.
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